Síndrome de Burnout: A doença do esgotamento profissional

Burnout ou síndrome do esgotamento profissional é entendido como o estresse profissional em seu nível máximo. Pode ocorrer em qualquer profissão, porém é mais comum entre profissionais cuja profissão demanda envolvimento interpessoal direto e intenso (médicos, psicólogos, enfermeiros, professores, advogados, gestores de pessoas…).

Uma pesquisa da International Stress Management Association (ISMA) avalia que 30% dos profissionais no Brasil apresentam o grau máximo de estresse.

Os principais sintomas são fadiga, cansaço constante, distúrbios do sono, dores, irritabilidade, ansiedade, alterações de humor, lapsos de memória, dificuldade de concentração, perda de iniciativa, pessimismo. Além disso, é comum que o trabalhador tenha mais faltas no trabalho, que procure se isolar, que apresente comportamento cínico, irônico e queda de produtividade.

Algumas vezes, a Síndrome de Burnout pode ser confundida com depressão. Esse erro de diagnóstico pode dificultar o início de um tratamento adequado e, consequentemente, os sintomas podem se agravar. Outro risco é que a soma de mal-estares possa levar ao alcoolismo, ao uso de drogas e até mesmo ao suicídio.

O tratamento geralmente envolve psicoterapia e o uso de medicação. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma das abordagens mais eficazes para esses casos. O psicólogo avaliará, junto ao cliente, como as condições de trabalho estão interferindo em sua qualidade de vida e prejudicando sua saúde física e mental. Ele também poderá realizar uma orientação de carreira, propondo um novo arranjo para as atividades diárias e objetivos profissionais.

 

Referências

ABCMED, 2017. Esgotamento mental ou síndrome de Burnout – o que fazer para melhorar?. Disponível em: <http://www.abc.med.br/p/psicologia..47.psiquiatria/1297963/esgotamento-mental-ou-sindrome-de-burnout-o-que-fazer-para-melhorar.htm>. Acesso em: 14 set. 2017.

FERREIRA, M. C.; MENDONÇA, H. (Orgs.). (2012). Saúde e bem-estar no trabalho. São Paulo: Casa do Psicólogo.

International Stress Management Association (ISMA). Perguntas e respostas. Disponível em: <http://www.ismabrasil.com.br/?con=faq&idi=pt-br&obj=site&pag=15

NASCIMENTO, A. L.; BRASIL, M. A. A. (2012). Síndrome do Esgotamento ou Síndrome de Burn Out. Disponível em: <http://www.abpcomunidade.org.br/site/?p=281>. Acesso em: 14 set. 2017.

Síndrome de Burnout. Disponível em: <https://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/sindrome-de-burnout/>. Acesso em: 14 set. 2017.

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Comments

  1. Rogério Rodrigues Moreira : setembro 14, 2017 at 10:30 pm

    A síndrome de Burnout é devastadora. Chega devagarinho, aos poucos, apresentando sintomas “aparentemente comuns” e relativamente simples, como enxaquecas, irritabilidade constante, alterações de humor e distúrbios gastrointestinais. Depois vem a insônia intensa, fadiga extrema, desconcentração e desinteresse. Na sequência, falta de ar constante, palpitações,suor frio, tremores e pânico de lugares e/ou pessoas. Daí vem o isolamento, pensamentos negativos, sensação de fracasso, perda da auto estima, e muitas vezes, pensamentos suicidas.
    Bom….senti tudo isso é muito mais. Completei um ano de tratamento e tenho evoluído. Após sete meses de afastamento, perdi meu emprego.
    Apesar de ainda não me sentir 100% curado, acredito que tudo isso vai passar. Estou sendo muito bem assistido por excelentes profissionais além de contar com total apoio da família.
    Vejo isso como um aprendizado. Hoje sou mais maduro e entendi que muitas coisas, pessoas e ambientes que antes não enxergava me faziam muito mal, me intoxicavam.
    Por sorte o diagnóstico foi rápido e preciso. Meu pecado foi demorar em buscar ajuda.

  2. A qualidade de vida e uma das armas para prevenir a Sindrome de Burnout. E isso inclui cuidar da saude, dormir e alimentar-se bem, praticar exercicios e manter uma vida social bem ativa.

  3. A doenca e reconhecida pela Organizacao Mundial da Saude (OMS) como uma patologia ocupacional. Por isso, admite-se o afastamento do profissional para conter o burnout. A dificuldade maior e diagnosticar, ja que pode ser confundida com a depressao. Em geral, antidepressivos fornecem um pouco de alivio, mas o tratamento deve ser mais completo. E preciso reduzir o ritmo de trabalho e, em alguns casos, e recomendada a psicoterapia. Meditacao e tecnicas de relaxamento associadas ao tratamento combatem o estresse, mas a volta ao trabalho e um ponto delicado e deve ser feita gradualmente. Os profissionais alcancam melhor performance e experimentam menos burnout quando respeitam as proprias necessidades e limites.

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